História do Municipio

Querência do Norte é um município brasileiro do Estado do Paraná. A economia do município é predominante agrícola e os solos do mesmo apresentam boa produtividade e solo fértil para as mais diversas culturas. O começo de sua colonização ocorreu na década de 50, promovido pela empresa Brasil Paraná, definiu o traçado urbano da sede do Municipio de Querência do Norte, após três anos em 1953, já chegavam os primeiros colonos vindos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Região Nordeste. Criado através da Lei Estadual N°253, de 26 de Novembro de 1954, foi instalado oficialmente em 5 de Dezembro de 1955, sendo assim desmembrado de Paranavaí.

"Blog sem fins lucrativos, apenas para divulgação"

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Como a Cidade ganhou um Monumento!

Um fato curioso que sempre me chamou a atenção quando criei o Blog de Querência do Norte-PR, foi o Monumento do Cristo Redentor (no portal da cidade), a minha curiosidade e de muitos querencianos e visitantes e de quem foi a ideía? uma obra desta quanto tempo durou para ser concluída?, em que ano foi inaugurada? quanto foi gasto?, e se a prefeitura teve dificuldades?. Por isso quem responde essas perguntas é Prefeito da Gestão de 1993 a 1996 Mário José Amadigi.

Cristo Redentor - Entrada da Cidade de Querência do Norte-PR


O texto abaixo e de autoria de Mário José Amadigi. (Extraído do Livro "Coisas de Política")


"A estátua do Cristo Redentor, posta na entrada da cidade, tem uma história muito curiosa. A idéia da implantação foi do Norberto Vicente Lyra, vereador na época. O Beto Lyra, como era conhecido, foi intransigente no seu propósito: não me deu sossego enquanto não decidi comprar e implantar essa imagem. Ela foi adquirida na cidade de Campinas – SP., depois que uma lei da Câmara de Vereadores aprovou sua aquisição. Era composta de 54 peças que foram montadas no local. Para transportá-la da indústria até Querência do Norte foi fretado um caminhão. Fomos buscá-la eu, o Beto e o Valcir Voss.

Se o transporte exigiu uma série de cuidados, a montagem foi muito mais complexa. Primeiramente, a rede de energia da Copel que abastecia a cidade, passava justamente no canteiro central onde seria erguida a imagem. A Copel colocou uma série de dificuldades para retirar a rede do local, sem o que não seria possível sua edificação. Só concordou com a remoção depois de ter apresentado e ver aprovado um orçamento que a prefeitura teve que pagar. Esse valor era maior que a importância paga pela estátua.

Como a imagem mede cerca de doze metros, os alicerces desta construção teriam que ser suficientemente fortes para suportar o peso. Foi solicitada uma planta ao engenheiro Márcio Antônio Mandelli, que depois de muitos estudos, apresentou o projeto arquitetônico. Em atendimento a esse projeto, foram perfuradas doze estacas medindo 12 metros de profundidade, com um diâmetro de trinta centímetros cada uma. Essas estacas foram unidas uma a outra na superfície com ferro e concreto, formando um bloco só, salientando que cada uma das estacas possui também quatro ferros.

A parte interna da estátua era oca, pois se compunha de peças que tinham cerca de cinco centímetros de espessura e iam sendo unidas numa espécie de quebra-cabeça. Conforme evoluía a sua montagem, ia-se preenchendo o seu interior com massa de concreto que formava um bloco uniforme, interligado e único.

Foi necessária a construção de andaimes ao redor da edificação, que iam subindo conforme subia a imagem.

O construtor responsável foi o Antônio Champan, auxiliado por funcionários da prefeitura, sob a coordenação do Valcir Voss, na época Secretário do Esporte, Turismo e Lazer do município. Levou cerca de sessenta dias para ser concluída. Foi inaugurada no dia 31/12/1996, sob as bênçãos do Padre Renê, vigário da época; com a satisfação estampada no rosto do Beto Lyra, enquanto, no meu, o alívio por ver a tarefa pronta, convicto de que havia edificado algo para a posteridade.

A obra foi muito criticada na época - pois os funcionários encontravam-se com seus salários atrasados. Hoje se constitui num cartão de visitas da cidade, com os seus braços abertos para receber os que chegam e abençoar os que saem.

Meu sogro, Antonio Peripolli, já falecido - considerando seu alto espírito religioso - disse-me, no dia da inauguração, que essa obra era a construção mais importante de minha administração. Na sua simplicidade, chamava-a de “Cristo Rei”.

Em agradeçimento ao Ex-Prefeito Mário José Amadigi que me concedeu essa parte histórica de Querência do Norte."


Capítulo extraído do livro “Coisas de Política”


Autor: Mario José Amadigi


Agradecimento ao Ex-Prefeito Mário José Amadigi pela honra e pela compreensão, de me enviar uma parte da "história da cidade de Querência do Norte!", que aqui postada para que gerações possam desfrutar dessa curiosidade.

O meu muito obrigado!

Nenhum comentário:

O Ilustre Pioneiro deixou uma frase. . .

"O consumismo asfixia o pensamento entorpece o atuar e nos desconecta do universo!" - Noé Brondani