História do Municipio

Querência do Norte é um município brasileiro do Estado do Paraná. A economia do município é predominante agrícola e os solos do mesmo apresentam boa produtividade e solo fértil para as mais diversas culturas. O começo de sua colonização ocorreu na década de 50, promovido pela empresa Brasil Paraná, definiu o traçado urbano da sede do Municipio de Querência do Norte, após três anos em 1953, já chegavam os primeiros colonos vindos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Região Nordeste. Criado através da Lei Estadual N°253, de 26 de Novembro de 1954, foi instalado oficialmente em 5 de Dezembro de 1955, sendo assim desmembrado de Paranavaí.

"Blog sem fins lucrativos, apenas para divulgação"

sábado, 8 de maio de 2010

Comércio Local III

                   Outro comércio que mereçe nosso destaque no Blog da Cidade e a loja de Materiais de Construção "Ferragens Berto" que no ano de 2008 completou 50 anos de história, e de presença no município.
                    No ano de 1957 vindo do Rio Grande do Sul (especificamente da cidade de Barão de Cotegipe, Povoado Valentim Berto), trazendo mudanças de alguns pioneiros, por alguns meses, vez várias vezes o trajeto entre um estado e outro, Elidio Berto e sua esposa Maria Berto se encantaram com a cidade de Querência, onde se instalaram por volta de 1958, abrindo o comércio de materiais de construção "Ferragens Berto", onde até hoje permaneçe. Ajudou construir a história do Município de Querência do Norte.



















(Ferragens Berto no ano de 1959, pode-se notar que não havia algum tipo de asfalto)

Degradação Cafeeira em Querência do Norte - PR

            A colonização da cidade de Querência do Norte se deu em virtude do ideário do café e do grande discurso das famosas terras roxas do Norte do Paraná; porém não sabiam este pioneiros que teriam no Norte Novíssimo a região do Arenito Caiuá, e não a terra roxa esperada, que assim sucessivamente teriam problemas para a cultura do café.
           Em 1955 aconteceu no município a primeira geada, que arrasou com as várias lavouras, e muitos agricultores chegaram a pensar em suicídio devido ao grande prejuízo. Porém para se manter em Querência do Norte, pioneiros plantavam a cultura de subsistência: arroz, feijão e milho. Onde se mantinham como podia, criando porcos, ganlinhas entre outros.



           











(Café plantado em setembro de 1953 e destruído pela geada em 31 de julho de 1955)

             As geadas constantes e a degradação do solo, que é altamente suscetível à erosão, foram as causas que constribuiram em primeiro grau para a degradação cafeeira no município, posteriormente, vinculadas ao programa de racionalização da cafeicultura.


         














(Safra de café em Querência do Norte em 1960)

           Passou 8 anos especificamente em 1963 houve outra grande geada em Querência do Norte, e daí em diante não havia mais condições para o agricultor continuar com o café, cabe ressaltar entre esses dois períodos de geada colheu-se muito café no município.
           A terra de Querência do Norte não era bom para o plantio do café, é uma terra mista, porém na região de Maringá e Londrina era a verdadeira terra roxa, cidade de Querência do Norte seria bom para plantar outras culturas fora o café!
          


          



A Terra desmatada!

        A Terra de Querência do Norte, era desmatada como um sinal de progresso, onde erá necessário desmatar para se plantar café e fazer pastagem. Porém havia uma grande riqueza, que era a mata natural, composta por várias espécies de árvores centenárias como: Timbaúva, Cedro, Coração de Negro, Pau Brasil, Peroba, Marfim, Loro, Pau de Alho, entre outras espécies.


(A imagem revela uma época em que o desmatamento era o grande sinal do progresso)



(Uma árvores centenária exibida)

             O "Progresso" da cidade na época da colonização levou ao chão árvores centenárias, e eram exibidas como troféus, e outro aspecto era a grande biodiversidade da fauna, composta por: porcos do mato, lagartos, quatis, antas, onças pintadas, jaguatiricas, mutum, jaós e borboletas de várias espécies.

(A pele de uma onça pintada)

           A fauna da região era das mais variadas, indo de pequenos a grandes animais, onde hoje estão em vias de extinção eram frequentemente eliminados apenas para exibição. A ocupação do município, tanto no setor rural quanto no urbano, foi feita de maneira desordenada.         

(Vista parcial de algumas construções feitas na propriedade rural do Sr° Henrique Pivetta, tendo ao fundo e densa floresta)

          O desmatamento sem nenhum critério levou o município a ficar entre 10% a 25% de sua reserva natural. O perímetro urbano de Querência do Norte foi todo desmatado e queimado de uma só vez para fins de construção.

(Área desmatada para o plantio do café)



O Ilustre Pioneiro deixou uma frase. . .

"O consumismo asfixia o pensamento entorpece o atuar e nos desconecta do universo!" - Noé Brondani