Após cheia de rio, imóveis rurais de Querência do Norte ficam alagados
Segundo Defesa Civil, 65 famílias foram retiradas de assentamento.
Pelo menos 400 cabeças de gado foram transferidas para pastos menores.
A chuva deu uma trégua no início dessa semana, mas toda a água que caiu no estado fez subir o nível dos rios. Na região noroeste do Paraná, o Rio Ivaí está cinco metros acima do normal, o que provocou o alagamento de pelo menos 65 propriedades rurais de Querência do Norte.
Como consequência, 150 integrantes de um assentamento estão desalojados, todas as pessoas foram para casas de parentes. Cinco famílias estão na sede do assentamento de maneira improvisada. Pelo menos 400 cabeças de gado foram retiradas das propriedades e estão confinadas em pastos menores.
A casa do casal Eduardo e Adriana Soares é um dos imóveis que ficou ilhado. Para chegar à residência, só de barco. Os dois estão abrigados na casa de parentes. Antes da cheia, até conseguiram retirar os móveis, mas tudo continua em cima de um caminhão."Esse ano conseguimos avisar o pessoal dez dias antes da cheia, o que ajudou os moradores a transferirem os animais e os móveis para outros lugares. No entanto, essas famílias perderam área de pasto e de cana-de-açúcar, que ajuda a alimentar os animais", pontua Claudinei Nery, coordenador da Defesa Civil.
"Como continua chovendo, os móveis estão todos molhados e estragos. Estamos dormindo em um colchão no chão na casa da minha mãe. Vamos viver assim até que tudo volte ao normal", lamenta Adriana.
Segundo a Defesa Civil, pelo menos 1.000 hectares estão debaixo d´água. A água chega perto das copas das árvores. Em uma das casas, os moradores saíram, mas os animais de criação não foram retirados.
Uma foto feita pelo órgão mostra o nível que a água chegou. Galinhas precisaram ser colocadas no telhado para não se afogarem.
A casa do agricultor José Luiz não alagou, mas mesmo ilhado o morador preferiu ficar no local para evitar que os animais sejam roubados.
"Se sai daqui você perde tudo o que você tem. Então resolvi ficar e cuidar das minhas coisas", argumenta o agricultor.
Nesta quarta-feira (22), a Defesa Civil entregou kits de emergência para as vítimas que sofrem há três anos com alagamentos na cidade. E para tentar descobrir os motivos dos alagamentos constantes, equipes do órgão estadual vão tentar identificar os problemas.
"Vamos estudar o local, elaborar projetos para buscarmos recursos estaduais e federais para solucionar esse problema", constatou o chefe da Casa Militar Coronel Adilson Casitas.
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